divulgação (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Lula exige resultados, promete
ajustes e convoca ministros para conversas individuais
Presidente
define 2025 como ano crucial e critica ‘neofascismo, neonazismo e
autoritarismo’, em referência indireta a Bolsonaro
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) reforçou cobranças ao seu ministério em uma reunião realizada
nesta segunda-feira (20), na Granja do Torto, em Brasília. No encontro,
transmitido em parte ao vivo, o petista destacou que o governo não pode se dar
ao luxo de errar e sinalizou mudanças iminentes no primeiro escalão. Com tom de
urgência, o presidente afirmou que 2025 será decisivo para definir os rumos de
sua gestão e indicou que conversas individuais com ministros serão realizadas
para alinhar expectativas e corrigir falhas.
“Este será um ano de definição na história e na biografia de
cada um de vocês. Nós não temos o direito de errar. O que fizermos agora
determinará como o governo será lembrado”, afirmou Lula.
O encontro ocorre em meio às expectativas sobre a reforma
ministerial, que deve substituir nomes de desempenho insatisfatório e
fortalecer a base governista no Congresso.
Prioridades para 2025: foco em resultados concretos
Durante a reunião, Lula enfatizou a necessidade de consolidar os
programas já lançados e garantir que suas promessas de campanha sejam
cumpridas. “Passamos dois anos arrumando a casa. Agora é hora de colher o que
plantamos. O que foi prometido em 2022 ainda não foi completamente entregue.
Precisamos garantir que nossos projetos se tornem realidade para o povo”,
declarou o presidente.
O petista descartou a criação de novos programas no momento,
destacando que a prioridade deve ser a execução eficiente do que já está em
andamento. “Não é hora de inventar. É hora de fazer funcionar o que já foi
iniciado”, pontuou.
A declaração reflete o desejo do governo de consolidar políticas
que ainda não tiveram impacto perceptível na população.
Sem mencionar nomes, presidente diz que quer evitar retrocessos
democráticos
Em outro momento do discurso, Lula reforçou sua preocupação com
o avanço de ideologias autoritárias no Brasil. Sem mencionar nomes, o
presidente criticou o que chama de “neofascismo, neonazismo e autoritarismo”,
em referência indireta ao governo de Jair Bolsonaro. “Queremos entregar um
Brasil com mais educação e mais humanismo. Nosso compromisso é com a democracia
plena, não com algoritmos que manipulam consciências”, afirmou Lula,
ressaltando que o foco de sua gestão está na educação e no desenvolvimento
humano.
Eleitorado e desafio de 2026
Com a próxima eleição presidencial no horizonte, Lula alertou
que os adversários já iniciaram suas campanhas. “2026 já começou para eles.
Nós, por outro lado, precisamos trabalhar para entregar resultados e mostrar
que este governo está comprometido com o povo”, enfatizou.
Lula também destacou que as aspirações do povo mudaram desde os
anos 1980, quando o PT foi fundado. “Hoje, estamos lidando com uma população
que se tornou mais empreendedora. Precisamos entender essa nova realidade e
adaptar nossas políticas para atender às demandas atuais”, explicou o
presidente.
Mudanças no ministério: expectativas e ajustes
A aguardada reforma ministerial também foi tema central da
reunião. Embora não tenha detalhado quais pastas sofrerão mudanças, Lula
indicou que os ajustes buscam fortalecer a governabilidade e melhorar o
desempenho do Executivo. “Este é o momento de corrigir erros e alinhar nossos
objetivos. Cada ministro precisa estar ciente de sua responsabilidade no
sucesso do governo”, afirmou.
Com 2025 como ano-chave, o presidente Lula sinaliza um novo
capítulo para sua gestão. A cobrança por resultados e a reafirmação de
compromissos democráticos deixam claro que o foco está em consolidar seu legado
e garantir avanços reais para a população. Diante da baixa popularidade e imbróglios recentes com pix, o
desafio está lançado: entregar um governo eficiente, que atenda às demandas do
Brasil atual e se prepare para os desafios das próximas eleições.