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Estudos Bíblicos

O TRIBUNAL DE CRISTO ENVOLVE PERCA DE SALVAÇÃO OU SOFRIMENTO?

Publicada em 24/03/24 às 11:09h - 261 visualizações

por WebTv Batista da Provisão


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 (Foto: WebTv Batista da Provisão)

Uma vez estava de viagem com minha esposa, e ela recebeu um áudio de uma irmã, que estava apavorada, pois um pastor famoso na época das rádios e TV falava sobre a condenação no Tribunal de Cristo, para aqueles que não fizessem obras para Deus.

A escritura deve ser a regra de fé e pratica de todos os crentes em Jesus. Na bíblia encontramos o seguinte texto: E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem tristeza, nem pranto, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas. (Apocalipse 21.4). Ou seja, quem estiver no céu, seja pelo arrebatamento, seja no Milénio, ou pela vinda Gloriosa de Cristo, não estará com um corpo corruptível mais, pois terá que ser transformado diz a bíblia claramente: Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção. (1Coríntios 15.50). Portanto dor, sofrimento, tristeza, pranto ou resumindo, a corrupção causada pelo pecado não pode subir ao Céu.

Então ouvindo aquele áudio pude notar a heresia pregada a muitos anos atrás, e vem se perpetuando pelos séculos, dos séculos, através de igrejas pentecostais. Esses pregadores causaram um grande desserviço à igreja, onde muitos obreiros largaram seus trabalhos seculares, mulheres que se consideravam obreiras largaram seus lares a ruina para poderem obedecer o IDE com medo de perderem a salvação diante do Tribunal de Cristo, ou mesmo serem castigadas e castigados os obreiros com tristezas e angustias dessa natureza humana, no céu, ou pelo menos quando se apresentassem no tribunal de Cristo e fossem achadas(os) em falta.

Essa doutrina destruiu e frustrou a vida de muita gente no passado. Maridos que largaram o emprego pela obra e viram a miséria chegar em seus lares. Mulheres que abandonaram seus lares por causa da obra de Deus, e viram o adultério e divorcio chegar a sua casa e famílias foram destruídas.

Além de muitos filhos se desviarem pois não aguentavam a vida miserável de alguns, e a vida de luxo de outros que diziam: Você tem que pagar preço, tem que largar tudo para fazer a obra de Deus.

Pois bem, seria isso mesmo uma verdade?

Vai haver tristeza no Céu, para quem não trabalhar na obra de Deus?

As Escrituras nos dão uma razão para pensar ou pregar e ensinar assim?

São perguntas que pretendemos responder aos amados irmãos como sempre respondemos à aqueles que nos pediram informação sobre essa bendita esperança do Céu.

A escritura usada por adeptos a essa doutrina são essas: Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus... Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Romanos 14:10b-12). Amparada também pela parábola dos talentos (Mateus 25. 19-30), e também pela segunda carta de Paulo aos coríntios, no capítulo 5 da mesma.

Nenhum de nós está qualificado para ser Juiz. Somente o Senhor Jesus está qualificado, e todo julgamento foi confiado a Ele (João 5:22). Todos nós estaremos algum dia diante desse Tribunal de Cristo, isso é uma verdade bíblica. Não estamos falando que não existe o Tribunal de Cristo, e sim de uma interpretação equivocada usada por alguns alegando sofrimento, e até outros como o pregador que falei, sobre o áudio acima descrito, dizem haver até perda da salvação.

O Tribunal de Cristo envolve um tempo no futuro em que os crentes prestarão contas de si mesmos a Cristo. Este é o ensino claro das Escrituras: Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo (2 Coríntios 5:10). Lembrando que esse acontecimento se passa em algum lugar da eternidade, do Céu, e já estaremos com corpos glorificados, pois envolve outra atmosfera, a atmosfera espiritual, a qual carne e sangue (corpo do pecado) não podem experimentar. Somente os glorificados em Cristo.  A advertência é para os cristãos, não para os incrédulos. Como Jesus ensinou em Sua parábola das minas, e não na parábola dos talentos, onde quem não multiplicou foi condenado as trevas e ao tormento de ranger de dentes. O rei retornará, e nesse momento exigirá que seus servos prestem contas do seu serviço (Lucas 19:11–26), porém não haverá, nem se expõe condenação nessa parábola de Jesus como na parábola dos talentos em Mates 25.

O Tribunal de Cristo é diferente do Julgamento do Grande Trono Branco. O julgamento do grande trono branco e outro acontecimento, e se dará com a condenação final dos ímpios antes de serem lançados no lago de fogo (Apocalipse 20:11–15). Aparecendo diante do Grande Trono Branco estarão os incrédulos, e não os crentes. Os crentes comparecerão perante o Tribunal de Cristo.

O Tribunal de Cristo não determina a nossa salvação; nem ideia de sofrimento por uns alcançarem mais prestígios do que outros, esse assunto foi resolvido pelo sacrifício de Cristo em nosso favor (1 João 2:2) e pela nossa fé nEle (João 3:16). Todos os nossos pecados estão perdoados e Paulo quando escreve aos Romanos diz a Escritura: Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Romanos 8:1).

Jesus disse: Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida (João 5:24, negrito meu acrescentado no texto bíblico).

Portanto, os crentes estão seguros em Cristo, com novos corpos, corpos transformados como ensina a bíblia: Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade (1 Coríntios 15:52-53), mas ainda assim devemos comparecer perante o tribunal de Cristo. Será um momento de exame e de recompensa. Jesus recompensará todas as nossas obras. Será visto e revisado nesse Tribunal de Cristo: O que fizemos com os recursos que Deus nos deu. Quão fiéis éramos. Estávamos rendidos ao Espírito, procurando honrar a Cristo e promover a Sua obra no mundo. Fizemos tudo aqui como que para o Senhor, e não para os homens, etc, etc.

Se assim aprovados formos, teremos recompensa, veja o que diz a Escritura: Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo. E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão. (Mateus 10:41-42). Veja o texto diz que haverá galardão de justo, (justificado por Cristo), e galardão de profeta. Quem disse isso foi Jesus, e não uma doutrina teológica.

Se negligenciarmos nossas oportunidades para servir ao Senhor na Sua obra, sofreremos perda de recompensa ou galardão, como diz a Escritura, e não perda de salvação ou castigos como tristeza, sofrimentos como alguns ensinam.

Paulo compara nosso serviço cristão à construção de um edifício, veja o que ele diz na sua primeira carta aos coríntios: Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo (1 Coríntios 3:10-15).

Observe, na passagem acima, que nossas obras estão listadas sem envolver a perca de salvação em Cristo, e são de 3 tipos diferentes para cada exercício de obras no reino de Deus, ou igreja de Cristo que ele Paulo chama de edifício. O fogo de Deus revelará a qualidade das nossas obras. Como aponta as escrituras de Paulo aos coríntios na sua primeira carta.  As recompensas são distribuídas àqueles cujas obras resistem ao teste. Aqueles cujas obras têm origem natural, humana sofrerão o dano, ou seja a escritura diz que as obras serão queimadas, mas eles próprios os crentes da igreja, serão salvos (a palavra salvos está ligada ao Tribunal de Cristo nessa passagem). O Tribunal de Cristo, então, não confere sofrimentos, nem anula a salvação, mas sim atribui recompensas aos que assim as merece diante de Deus.

O Tribunal de Cristo também não é um momento para punir os salvos, ou algum pecado cometido, em nenhum lugar da bíblia se encontra isso descrito (punição, tristeza, dor etc). Jesus cuidou do nosso castigo de uma vez por todas, tomando sobre Ele mesmo na Cruz. O Tribunal de Cristo é um momento em que seremos chamados a relatar, a prestar contas do que fizemos na sua obra aqui na terra, e por Jesus e acerca de Seu testemunho como servos de Deus. Será um momento de ajuste de contas sério e necessário, porém como remidos de Deus por Cristo seu Filho, nunca seremos condenados, injustiçados, entristecidos, amargurados por não ser recompensados.

Como disse um teólogo: Não se pode enfatizar com muita veemência que esse tribunal está relacionado ao problema do pecado, mas, sim que é mais para a concessão de recompensas, do que para a rejeição do fracasso (Teologia Sistemática Eclesiologia-Escatologia).

No texto grego, a única palavra usada para tribunal em Romanos 14:10 e 2 Coríntios 5:10 é a palavra bema. Um bema era um púlpito, palanque, ou patamar elevado, de onde os juízes se assentavam para assistir aos jogos praticados na época de Jesus e dos apóstolos. A função deles era garantir que os competidores seguissem as regras e entregar prêmios aos vencedores (1 Coríntios 9:24–27). O bema nunca foi lugar para repreender os atletas, julga-los, ou puni-los de qualquer forma. Era um lugar de teste de recompensa aos vencedores e instruções e amparos aos menos preparados. Da mesma forma, o bema de Cristo não será um lugar de condenação, tristeza ou censuras.

O Tribunal de Cristo, e quanto a sua exegese, devemos ser cuidadosos no que dizemos e escrevemos, para não complicar e tentar mostrar aquilo que a Bíblia não ensina. Tiago na sua epistola escreve: Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo. (Tiago 3:1)

Queremos prestar contas com alegria naquele grande dia, e é por isso que nos esforçamos para servir fielmente ao Senhor hoje, mas sempre devemos saber que alguém está fazendo muito mais do que fazemos, e devemos nos alegrar com os que se alegram naquele dia de receber mais do que nós, pelo que fizeram, e não nos entristecer, invejar, ou até ter esse sentimento de punição, tristeza, como temos nessa vida. Quem assim alega, prega e vê o Tribunal de Cristo, está equivocado em suas ideias, e não está pregando, ou ensinando o que a Bíblia diz sobre esse assunto.

A Bíblia fala de crentes recebendo coroas por coisas diferentes. As várias coroas são descritas em 2 Timóteo 2:5, 2 Timóteo 4:8, Tiago 1:12, 1 Pedro 5:4 e Apocalipse 2:10. Assista um ensino nosso sobre as 5 coroas, nesse link>> https://youtu.be/uPByo3B5i5Y / são dois vídeos.

Acreditamos que o Tribunal de Cristo será o momento em que as coroas serão concedidas, e isso acontecerá no céu logo após o arrebatamento da igreja (conforme descrito em 1 Tessalonicenses 4:13–18), os crentes estarão com corpos glorificados e então não haverá mais dor, tristeza, ou qualquer outro sofrimento concedido a nós humanos pelo corpo do pecado que já ficou para trás.

Em apocalipse, no final da Bíblia, Jesus disse: E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras (Apocalipse 22:12). Em preparação para o Tribunal de Cristo, façamos a obra de Deus com empenho e grande disposição. Nunca pensando que seremos castigados por algum serviço não prestado, pois então alguém faria por medo, por obrigação como muitas denominações pentecostais ensinam e apavoram seus membros.

Façamos por amor a Cristo. E como diz a Escritura: Esta é a palavra do Senhor para Zorobabel: Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito’, diz o Senhor dos Exércitos. (Zacarias 4:6). Quando fiz meu curso de teologia a mais de duas décadas atrás, Morris Cerulho já dizia. Não haveria nenhuma confusão se não fossem os pregadores sem juízo. Pregam e ensinam o que a mente relata e não o que a Escritura diz.

Deus abençoe

Em cristo,

Pr. Adélcio Ferreira -  IBPMG

𝐈𝐆𝐑𝐄𝐉𝐀 𝐁𝐀𝐓𝐈𝐒𝐓𝐀 𝐃𝐀 𝐏𝐑𝐎𝐕𝐈𝐒Ã𝐎 - 𝐑𝐔𝐀 𝐀𝐑𝐈𝐒𝐎𝐓𝐎 𝐅𝐑𝐀𝐍𝐂𝐈𝐀 - 𝟑𝟏𝟔

𝐁𝐀𝐈𝐑𝐑𝐎 𝐒𝐎𝐍𝐃𝐀 / 𝐒Ã𝐎 𝐋𝐎𝐔𝐑𝐄𝐍Ç𝐎 𝐌𝐆




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2 comentários


Denise

24/03/2024 - 16:18:30

Excelente explicação! Glória a Deus!


albino

24/03/2024 - 12:03:33

Paz de Cristo. Muito bom, entedia errado sobre esse assunto.


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